Este prémio, entregue pela Fundação Hyatt desde 1979, distingue anualmente, e em vida, um arquitecto/atelier cuja obra construída seja testemunho de uma combinação de talento, visão e entrega que tenha contribuído consistente e significativamente para a humanidade e ambiente construído através da arquitectura.
"A arquitetura de Eduardo Souto Moura não é óbvia, frívola ou pitoresca. Está imbuída de inteligência e seriedade (...) requer um encontro intenso, em vez de um olhar rápido. E, como a poesia, tem a capacidade de comunicar emoções àqueles que despendem tempo para escutar", escrevem os jurados do Prémio Pritzker.
Em 2004, Souto Moura ganhou o prémio Secil de arquitetura para a construção do Estádio Municipal de Braga. Os jurados referiram-se a esta obra como "musculada, monumental e integrada numa paisagem poderosa".
Os elementos do júri também elogiaram a "reinterpretação" feita por Souto Moura em Amares, apontando "espaços consistentes com a sua história e de conceção moderna" na recuperação e adaptação para pousada do Mosteiro de Santa Maria do Bouro.
Aos 58 anos, Eduardo Souto Moura venceu o prémio Pritzker 2011, considerado como o "Nobel da arquitectura". De acordo com a organização, a distinção foi entregue ao arquitecto do Porto pelo "rigor e precisão na arquitectura", assim como pela "sensibilidade" na inserção das obras no seu contexto.
O arquitecto do Porto vence assim um prémio que já distinguiu nomes como Oscar Niemeyer e Frank Gehry. Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, Eduardo Souto de Moura iniciou a sua carreira colaborando no atelier de Álvaro Siza Vieira, arquitecto também já galardoado em 1992 com o mesmo prémio.
Estádio Municipal de Braga, construído para o Euro 2004.
Casa das Histórias, museu da pintora Paula Rego em Cascais.
Pousada de Santa Maria do Bouro
"É uma obra, por um lado, de grande originalidade e, por outro, de grande sabedoria, no sentido em que é uma obra em que transparece o conhecimento da história da arquitectura. Tem a solidez de algo que não tem a ver com originalidade gratuita, mas sim uma originalidade assente nas raízes e na história da arquitectura portuguesa e não só portuguesa.”
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