Museu do Oriente

... finalmente tive oportunidade de visitar.



Um espaço interessante, completamente negro na zona da colecção permanente, mas com iluminação nas vitrines, apesar de nalgumas ocasiões as placas informativas das peças eram dificeis de ler pela falta de iluminação :/

Mas o Museu do Oriente, não deixa de ser um espaço a visitar,  ele está organizado em torno de duas grandes exposições permanentes:

PRESENÇA PORTUGUESA NA ÁSIA

O conceito gerador deste grande módulo expositivo foi a construção de uma utopia oriental pelos Portugueses, desde o século XV até aos nossos dias, baseada no comércio, na missionação e no encontro de culturas. Dados os referidos condicionalismos da colecção alusiva à presença portuguesa na Ásia, houve que fazer um enorme esforço de conceptualização e de encenação narrativa para de algum modo potenciar os seus indiscutíveis valores e minorar as suas fraquezas.

 

O visitante é acolhido no espaço central do piso 1, que é dedicado a Macau, território outrora sob administração portuguesa onde foi fundada a Fundação Oriente, em 1988. Este amplo espaço é dominado pela exposição de quatro magníficos biombos chineses da colecção: o mais antigo representa uma nau portuguesa nos mares da China e encontra-se ladeado por outros dois, um de carácter essencialmente decorativo, decorado com as armas da família Gonçalves Zarco, e um outro, dito “do Coromandel”, com interessante iconografia cristã, eco da escola de pintura criada no Japão pelos Jesuítas, que mais tarde se estenderia a Macau.



O quarto biombo, raríssimo exemplar decorado com as representações das cidades de Cantão e de Macau, encontra-se junto à secção dedicada à iconografia da Cidade do Nome de Deus de Macau, com exemplares que remontam aos séculos XVII e XVIII e se estendem pelo século XIX.
Encantei-me com a notável colecção de frascos de rapé (será alvo de um post com imagens destes belos exemplares) de fabrico chinês de Manuel Teixeira Gomes, a segunda maior da Europa, que apresenta uma significativa selecção das diferentes tipologias que a constituem. O mesmo se passa com as peças japonesas da mesma proveniência: os inrô (pequenos contentores portáteis pessoais), as netzuke (fechos dos inrô em forma de máscara, com personagens, na sua maioria, do Teatro Nô) e as tsuba (guarda-mãos de espada), peças de cronologia alargada, a que se acrescentam, ainda no âmbito do Japão, as três monumentais armaduras e outros objectos de cerâmica, bronze, pintura e mobiliário. Mas neste piso há ainda muito que ver ...

DEUSES DA ÁSIA

“Sobre os deuses, nada posso afirmar, nem que existem nem que não existem: muitas coisas o impedem de saber, a começar pelo lado obscuro que envolve a pergunta, e a seguir pela brevidade da vida humana” Protágoras (século V a.C.)
Esta exposição procura, tornar conhecidos certos aspectos da arte religiosa na Ásia, sobretudo ao nível popular, e introduzir a mitologia ainda viva que está subjacente aos objectos apresentados. Daí estarem representadas as grandes religiões do continente, o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o shintô. Uma vez que a palavra ocidental “deus”, corresponde mais a conceitos asiáticos abstractos como Brama, na Índia, e Tao, na China, os seres sobrenaturais representados são muito mais manifestações do divino no mundo humano.

Em simultâneo, no Museu do Oriente, existem as exposições permanentes, sempre direccionadas para a divulgação das artes da Ásia.

Preço da entrada: 5€

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